Em 2010 o meu esposo Urbano e meu filho Hélio me fizeram uma surpresa muito agradável presenteando-me com este sino, pois eles já sabiam que eu queria colocar um em nossa chácara. Além da beleza da peça, os sinos são românticos e nostálgicos. Recordo minha adolescência quando me preparava pra ir à missa com meu namorado e o toque do sino era monótono e harmonioso. Nós nos embalávamos naquele toque e seguíamos pra igreja com muita alegria e nenhuma religiosidade. Era final da década de 70, nós namorados que tínhamos pouco tempo pra ficarmos juntos e o momento mais apreciado era o do sermão do padre quando saíamos da igreja pra trocar abraços e beijos, voltar pra casa e esperar o outro final de semana e mais uma vez o sino tocar...
O meu sino não tem o encantamento da nossa juventude, mas já serviu pra muitos risos. Alguns perguntam-me se é pra reunir os trabalhadores do latifúndio, outros se é pra mostrar o poder da sinhá e coisas mais. Só sei que ele está lá cheio de beleza.
O Sr. Neca que mora na chácara é muito corajoso e cheio de valentia. O Urbano e meu cunhado pensaram em amarrar uma linha de anzol no sino e puxá-la pela madrugada só pra saber se ele irá perto pra ver o que é. Eu acredito que ele irá, mas o desfecho eu lhes conto depois.