Lua Branca
Composição: Chiquinha Gonzaga
Ó, lua branca de fulgores e de encanto
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem tirar dos olhos meus o pranto
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem tirar dos olhos meus o pranto
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo
Essa amargura do meu peito, ó, vem, arranca
Dá-me o luar de tua compaixão
Ó, vem, por Deus, iluminar meu coração
A brilhar em noite calma e constelada
E em tua luz então me surpreendias
Ajoelhado junto aos pés da minha amada
E ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo
Ela partiu, me abandonou assim
Ó, lua branca, por quem és, tem dó de mim.
No início do século XX, Nair de Teffé, esposa do presidente do Brasil, Marechal Hermes da Fonseca levou sua grande amiga Chiquinha Gonzaga para apresentar suas músicas no Palacio do Catete, sede da República brasileira. Esse fato escandalizou os políticos conservadores que acreditavam que o local era apropriado só pra erudição. Eles não sabiam o quanto iria repercutir em nosso país o estilo popular da musicista.
Bom, mas a lua que apresento pra vocês não é de Chiquinha Gonzaga, tampouco da primeira dama Nair de Teffé. É de Maria Mazzarello, uma mulher simples, uma coisinha quase nada. Deus me agraciou no bucólico entardecer do dia 18 de dezembro de 2010.
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